Aquela minha amiga da Bavária está me visitando e minha irmã emprestou-lhe a bicicleta. E como se nota, esta é uma bicicleta feminina.

Mas o que torna esta uma bicicleta para mulheres não é a cestinha de guidão, nem os adesivos rosa-choque e azul-calcinha, e muito menos a buzina de gato. O que define este modelo como feminino é o seu quadro.

Note que o tubo “horizontal” neste quadro é inclinado, sendo que a sua extremidade traseira está mais próxima à coroa do que ao selim (e que na maioria dos modelos femininos, esse tubo é ainda mais baixo ou nem existe). Essa característica facilita a monta e a pedalada, se a mulher estiver usando uma saia longa.

Cestas frontais (nem tanto hoje em dia) e bagageiros traseiros também são muito comuns nas bikes femininas. No recente passado machista (do qual ainda não estamos 100% livres), onde os homens dentro de casa só servem para trocar lâmpada e matar baratas, cabeia exclusivamente às mulheres a “sensibilidade” para fazer compras do lar. Então bicicleta de macho só tem garupa se o cara for entregador de água, botijão de gás ou trabalhar no CEASA.