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Acho que de terorias conspiratórias, detalhamento sobre técnicas e material empregados, e até sobre a composição da imagem, todo mundo já está de saco cheio. Então hoje, no aniversário de 551 anos de Leonardo da Vinci, contarei uma história diferente da sua obra-prima.

Ao contrário do que muita gente pensa, A última Ceia não é um quadro, mas um afresco. Ou seja, foi diretamente pintado sobre uma parede. Então está muito mais sucetível ao desgaste do gesso e da própria parede, ao desbotamento das cores, ao mofo, aos vapores de água e gordura (a imagem fica no refeitório de um convento em Milão), às reformas e adaptações do prédio (uma porta foi aberta bem da frente de Jesus, por exemplo).

Mas nada pelo que essa pintura passou foi tão agressivo quanto a Segunda Guerra Mundial. Como todas as grandes e estratégicas cidades da Alemanha e Itália, Milão foi fortemente bombardeada pelas forças aliadas. O convento de Nossa Senhora delle Grazzia foi praticamente destruído. Digo “paraticamente” e não “totalmente” porque sobrou uma única parede em pé. Justamente a parede que suporta a Última Ceia.

Hoje, o convento está reconstruído e o seu afresco mais significativo é periodicamente restaurado.

Alguns dirão que um milagre protegeu a obra-prima de Leonardo da Vinci. Outros dirão que foi pácto do autor com o “outro lado”.  Mas nada disso importa de verdade. O importante é que a obra de arte mais copiada e plagiada da história continua a cinco séculos firme e forte onde sempre esteve e sempre estará.