Ontem a UNESCO, orgão da ONU para a ciência, educação e cultura anunciou a aceitação da Palestina como seu 195º membro pleno. A decisão foi tomada por votação dos representante de todos os países membros da entidade. O placar foi de 107 votos favoráveis, 52 abstenções, 14 contrários e 1 falta.

Entre os que votaram contra estão Israel, que criticou duramente a decisão e atacou a credibilidade da UNESCO, e os EUA que já avisaram que cortaram verbas destinadas à entidade (que representa 22% do orçamento total do órgão). Ambos falam em “decisão unilateral”. Mas se tem três vezes mais gente “em cima do muro” do que contra a aceitação da Palestina, então que está pensando unilateralmente?

Quanto à entrada plena da Palestina como 194º país membro das Nações Unidas, o impasse continua a mais de um mês, a mídia perdeu o interesse, e os EUA continuam prometento vetar qualquer decisão favorável ao povo árabe.

Cabe a cada um dos 107 povos que votaram favaorável a Palestina como membro evetivo da UNESCO contribuir para repor cada centavo cortado pelos EUA da entidade. Literalmente arcar com a decisão e com a diminuição da influência estadunidense na cultura mundial. Sem lamento.

 O que muita gente nos EUA e em seus países aliados não percebem que banhos de sangue como o que ocorreram (e ainda ocorrem) na Líbia este ano não trarão a paz a ninguém. Que não dá para dispensar o diálogo. Que os habitantes da América do Norte não lucram nada com a inexistência da Palestina.

O mundo está mudando mais uma vez. E muita gente prefere que seja com o mínimo de violência dessa vez.