Ontem fiz uma faxina no meu Facebook. Removi da minha lista várias pessoas que não fazia ideia de quem eram, quem nem me lembro por que as adicionei ou porque as aceitei.

Nos dias de hoje, quando a virtualidade nos impõe uma série de futilidades que se misturam com a funcionaidade e a utilidade, uma atitude dessas parece agreciva, revoltosa ou radical. Mas, na verdade, é o total oposto disso. Com 161 “amigos”, com pelo menos 40 nunca tive a menor afinidade, nunca “conversei” ou tive qualquer interação significativa. Então por quê encher meus feeds com fotos de quem não me interessa ou receber um monte de convite para jogos que não me parecem divertidos?

Sinceramente, não entendo como alguém, um ser-humano comum, que não depende da sua imagem pública para se sustentar ou que não seja um artista verdadeiro, acumula 400 ou 4000 desconhecidos em seu Facebook. Sinceramente, sei que muita gente acha isso super legal, mas não é o meu caso. Não condeno ninguém que faça, apenas não farei mais.

E enquanto escrevia este post me dei conta que a atitude de ontem foi a mesma que me levou a encerrar minha conta no Orkut: excesso de informações que não me interessam.

Procuro despejar todas as minhas opiniões e ideologias aqui no blog. No Twitter sigo, na maioria, perfis que me dão informações realmente úteis, como problemas no transporte público na hora de pico. E o “clubinho do menino Zuckerberg” prefiro usá-lo para manter contato com amigos (sem áspas) e acompanhar meus artistas e bandas preferidos.

Então se você não foi apagado da minha lista de “amigos” saiba que, no mínimo, considero você uma pessoa interessante.