Ontem a noite, no canal National Geographic, eu assistia um episódio da série Mega Fábricas que mostrava a linha de produção da cervejaria holandesa Heineken. O programa abordava a receita do produto, o envasamento, a logística, o consumidor final, a internacionalização da empresa, a história, o rótulo e a marca.

E sobre a marca, falaram sobre a cor verde, a estrela vermelha e a inclinação da letra “e”.  Como assim a inclinação da letra “e”?

Um século depois da fundação da cervejaria, sob o comando do neto do seu criador, Freddy Heineken, a empresa começou a investir em marketing e identidade visual. Foi quando se adotou a garrafa verde, entre outras mudanças. Mas a mais subjetiva delas aconteceu no elemento nominativo da marca, ou seja, na palavra “Heineken”.

Olhando a rapidamente é um detalhe pequeno, facilmente desprezado. Mas as três letras “e” foram levemente rotacionadas no sentido anti-horário para “sorrirem”. Como assim? Buscando uma forma de enfatizar as qualidades de seu produto através da marca, Freddy e sua equipe de marketing perceberam que a letra “e” parecia uma cabeça humana. E como tal poderia se expressar emotivamente. Então começam a experimentar:

• Girando a letra no sentido horário, ela ficava cabsbaixa e, consequentemente, deprimida.
• No sentido anti-horário, surgia um sorriso no “e”. Mas, após um certo grau de rotação, a letra perdia leiturabilidade.

• Então foi só determinar o ponto de rotação certo para fazer a letra “sorrir”, sem que ela perdesse sua identidade como “e”.

E se você nunca percebeu isso, não se preoculpe que a culpa não é do álcool na garrafa. Esse tipo de detalhe é realmente sutil e feito para se percebido apenas pelo subconsciente. É uma mensagem subliminar que lhe transmite a alegria de tomar uma Heineken.

E uma última curiosidade: Eu não bebo nenhum tipo de álcool.