Ian Curtis. Nunca tive curiosidade de saber como e nem porque se matou. Mas se ele não tivesse feito isso, não conheceria seu trabalho quase 30 abos depois.

Em dois momentos da faculdade (não me lembro os semestres) estudamos um sub-capítulo chamado “O Quinto Membro da Nova Ordem”. Em Teoria do Design, o capítulo principal era “Design Não-Canônico”. E em História do Design, “Design Pós-Moderno”, mas o sub-capítulo tinha a mesma denominação.

Nos anos 80 existiu uma banda britânica de rock eletrônico chamada New Order, que em nada lembra essa porcaria que chamam de música eletrônica hoje ou se chamava nos anos 90. E dentre os integrantes do grupo, havia um quinto membro que não tocava nada. O sujeito, chamado Peter Saville, era responsável por toda parte visual da banda. Capas de discos, pôsteres, vídeos clips, etc. Até fontes próprias para a banda ele criou.

E este trabalho visual com o New Order o torna um dos “fundadores” do Design Não-Canônico, que foi um dos movimentos do Design Pós-Moderno. Estudando boa parte do portifólio de Peter Saville, acabei, por curiosidade, ouvindo New Order. E gostei.

O New Order foi formado em Manchester, em 1980, pelos membros da recém extinta Joy Division. Esta banda tinha nos vocais Ian Curtis.

A mudança não foi só no nome. Joy Division tinha um repertório muito mais depessivo que o New Order. E embora a velha formação já tivesse flertado com o eletrônico, o seu som era totalmente elétrico. Ou seja, embora os músicos eram os mesmos, nãodá pra diser que eram uma mesma banda que só trocou o nome.

Enfim, buscando as raízes de Peter Saville e do Design Não Canônico, cheguei ao Joy Division.