Sábado, finalmente chegou o dia do show do Iron Maiden.

Passei na Galeria do Rock para encontrar um colega de trabalho com quem combinei de ir. Quando já estava lá, por telefone recombinamos o local e hora. Estação de Osasco às 17h.

Como havia headbangers (ou metaleiros) por todos os cantos da cidade! Qualquer estão que você passasse, fosse Metrô, CPTM ou terminais de ônibus, tinha dois ou três cabeludos com camiseta preta e o Eddie estampado. Na Av. Paulista, Santa Efigênia, No Largo São Bento, na Vila Mariana e na Vila Madalena. Uma verdadeira praga urbana.

Na Galeria tudo bem, também tinha muitos metaleiros. Muitos compravam camisetas da banda na última hora. Havia fila na frente da Stamp para fotografar o Eddie Trooper. Até eu entrei na fila (as fotos estão no Flickr).

Por fim, 17 horas encontrei meu colega em Osasco e embarcamos no carro do cunhado dele rumo ao Mrumbi. Trânsito pesado para chegar. R$ 80,00 para estacionar. Dificuldade para achar a entrada certa. Mas entramos.

O que eu temia se concretizou: o ingresso mais barato, pista, tinha a pior visão do palco. Mas dalí era muito legal ver a arquibancada se enchendo. Um ponto de vista de craque. copo d’água a R$ 3,00, refrigerante a R$ 5,00. Abertura de Cavaleira Conspirace, totalmente dispensável. Ainda bem que o “passeio” não acabava aí.

Enfim, às 21h 09 min sobe ao palco a “Donzela de Ferro”. Tocando músicas do álbum novo e os grandes clássicos carreira. Dentre todos os vários shows que já assisti na minha vida, não lembro de uma banda com tanta energia. De onde estava mal conseguia vê-los. Mas podia ouvi-los muito bem. E que som!

Três guitarras. Ná época todos pensávamos que isso duraria uma única turnê. Já passou mais de uma década, e agora entendi por que nenhum guitarrista saiu. “Três é de mais”!

É impressionante ver Bruce Dickson correndo pelo palco enquanto canta sem perder o fôlego. Com seus 50 anos (ou quase), o tiozinho sobe no cenário, corre de um lado ao outro do palco, pula brinca com os colegas. E eu que ainda tenho algumas décadas antes dessa idade, estou todo dolorido por me pindurar na cerca que isolava o banco de reservas. Bruce ainda vestiu uma casaca vermelha e empunhou uma bandeira britânica rasgada para cantar The Trooper.

É surreal participara do coro de Fear of the Dark. Claro que cantar os grandes clássicos de uma banda com a banda é muito bom. Mas nesta música é um momento lendádio quando Bruce Dickson pede a participação da galera e se cala. 50.000 pessoas cantando o refrão de Fear of the Dark, e ser uma delas, não dá para descrever. Só estando lá.

Outra grande emoção: o Eddie sobe ao palco. Um imenso zumbi com mais de 2m de altura. Uma câmera em sua cabeça mostrava o seu ponto de vista. Um dos guitarristas emprestou-lhe a guitarra, e ele “tocou” um pouco. Foi uma aparição breve, mas inesquecível.

Algumas músicas depois, uma colossal cabeça do Eddie, com presas enormes, surge ao fundo do cenário se mexendo de um lado para o outro, abrindo a boca e com seu olhos vermelhos brilhando. Nesse momento já tinha me conformado que não dava para fotografar, mas resolvi tentar de novo. Até o tiozinhos, funcionário do estádio, filmou a cabeça gigante.

Eram quase 23h 20min quando o sexteto britânico desceu do palco. O show foi magnífico. Mesmo assim faltaram alguns classicassos. A música que me fez mais falta foi Run to the Hills. Mas beleza… Mesmo assim a experiência foi única e fantástica.

Quem não foi, perdeu. E quem foi não esquecerá.

Comentários

  1. Vanessa disse:

    Que ótimo que valew a pena .. Bruce será um desses lendários imortais e as músicas ainda vão embalar muitas gerações. 😀

  2. Thiago disse:

    Pena que as fotos ficaram desfocadas, não dá pra ver muita coisa, só um monte de luzes. Mas pelo visto o show foi massa!!!!

  3. Nathália Piva disse:

    Vc devia ter ido na pista vip. Eu tava lah, bem pertinho do palco.
    Melhor show q vi ateh hoje na minha vida!!!!
    E o Bruce eh lindo!!!