Procurando a Monna Lisa
No dia 6 de dezembro, um sábado, acordei cedo, disposto a enfrentar a fila diante da “pirâmide de vidro”. Por tudo o que li antes de chegar em Paris, fiquei muito surpreso por chegar ao Louvré e entrar rapidamente. Demorei mais para ser revistado do que na fila propriamente.
Após comprar o ingresso e deixar o casaco na chapelaria (esqueci o ingresso no casaco e precisei voltar na chapelaria), entrei no museu por uma ala que contava a História da próprio Louvré. Construído sobre as fundações de um antigo castelo de mesmo nome pelo imperador Napoleão III (existe até um pedaço da fundação do castelo a mostra).
A seguir, entrei na ala Egípcia. Muita, muita coisa exposta. Uma constatação: encontrei muita quantidade mas pouca variedade. Vi dezenas de esfinges e sarcófagos, tudo muito parecido.
Depois, móveis Luis XVI. Outra constatação: as alas têm corredores paralelo, e no final desses corredores começa outra ala. Você acaba a atravessando uma seção vendo só metade dela.
Jóias de ouro. Objetos sacros de prata. Lanças e elmos greco-romanos de bronze. Pinturas holandesas de vários séculos (em algumas alas de pintura, você encontra alguém com um cavalete copiando alguma obra). Estátuas de mármore. Cerâmica grega. E de repente percebo que estou muito cansado e não consigo mais absorver informação. É hora de procurar a Monna Lisa!
Com um mapa do museu, tento descobrir onde eu estou e onde ela está. O lugar é tão grande que nem o mapa ajuda muito. Pergunto então a um funcionário da casa que direção seguir. Acabo atravessando várias alas, onde ainda não havia passado até chegar à Renascença Italiana.
Antes de encarar o “Retrato de Lisa Gherardini, esposa de Francesco del Giocondo”, dei uma geral nas obras dos “grandes mestres comedores de pizza” (as Tartarugas Ninja e muitos outros). Certamente o melhor do Louvré veio da “Bota”.
Então voltei ao meio da ala e numa sala lateral, juntos com outros quadros, cercado pela multidão e protegido por um vidro blindado encontrei o sorriso mais sarcástico da história.
Sinceramente, ela é bem sem-graça. Mesmo assim causa um fascínio que é difícil explicar. Só estando lá para sentir.
Saindo da ala italiana, me deparo com um clássico da Oitava Série:
Agora era hora de visitar a exposição temporária da cidade de Rhodes (aquela do Colosso). Na bilheteria havia oferta para compra casada de ingressos e eu não queria “perder dinheiro”.
Na procura por Rodes, saí do museu e reentrei por outra. Encontrei alas que ainda não havia visitado. Estátuas e monumentos persas. Mausoléus franceses. E tantas outras coisas. Até achar a exposição (sem graça e a único lugar onde era proibido fotografar).
Conversando com outros brasileiros no hostel, chegamos à mesma conclusão: o Louvré é grande de mais e muito cansativo. Seria melhor se fosse dividido em vários museus menores e mais específicos. A experiência seria mais proveitosa.