Eu vi uma obra do Rodin, mas não fotografei
Sempre que eu saio com minha câmera, sempre tem coisas que opto por não registrar e depois eu me arrependo. Acabo me lembrando e comentando sobre as fotos não tiradas.
Hoje o Google está homenagiando o aniversário de Auguste Rodin (pronuncia-se “Rodam”), lendário escultor francês. Ele ficou famoso por suas obras anatômicamente perfeitas, em especial as feitas em bronze. Seu trabalho mais conhecido, admirrado, plagiado e parodiado é O Pensador.
Eu encontrei uma escultura de Rodin no prédio da Bauhaus-Universität Weimar em minhas férias de 2011. Segundo Patrícia de Paula, uma aluna de Artes Plásticas da universidade, esta obra foi doada à instituição na época da sua fundação. Mas, até recentemente, ela nunca foi exposta. A cidade foi bombardeada, ocupada por Nazistas e Soviéticos, mas a obra continuou perdida num porão do prédio. A estátua só viu a luz do dia novamente no século XXI.
No dia da vizita, eu até comentei sobre esta escultura. Disse que ela foi doada à Bauhaus pelo próprio Rodin. Como o mestre francês morreu dois anos antes da abertura da escola, talvéz tenha entendido errado ele mesmo ter oferecido a peça. Ou isso explicaria como Walter Gropius e Henry van de Velde conseguiram esquecer um pedaço tão grande e bonito de bronze em meio à bagunça de um porão.
A verdade é que a estátua estava no saguão principal do edifício. Eu pude tocá-la. Mas, por algum motivo que nunca entendeirei, não a fotografei. E nunca me esquecerei disso.
Ela estava exatamente sob este vão elíptico das escadarias principais do edifício original da Bauhaus de Weimar. Eu estava encostado na escultura quando tirei esta foto. Eva é o nome dela.
Não postarei nenhuma foto da estátua, pois não tirei nenhuma. Mas, se alguém ficou curioso, é super fácil de encontra: basta procurar no Google “+Bauhaus +Rodin”, ou “+Weimar +Eva” ou alguma outra combinação entre essas quatro palavras que várias fotos aparecerão.