Porque Steve Wozniak deixou a Apple
A História tem o hábito de perdoar as maldades e falcatruas daqueles que nela escrevem seus nomes. Um desses “redimidos” foi Steve Jobs.
O maior ícone da virada do milênio tinha uma grande lista de maldades em sua conta. Humilhava, pressionava e demitia qualquer funcionário que se atrevesse a comprimentá-lo. Estacionava em vagas de deficientes, pois sabia que ninguém o repreenderia. Se orgulhava por não fazer caridade (ninguém é obrigado a doar nada, mas também não precisa esculhambar quem o faz).
Muita gente vê Jobs como um grande inventor, a grande mente criativa do século XXI. Mas ele não criou nada. Na verdade, seu grande talento é um abrangente “senso comum”, a capacidade de detectar o que pessoas normais comprariam. E, em seguida, agir como o grande capatáz/feitor da Apple.
De tudo que Jobs aprontou na vida, nada foi mais inexcrupuloso que roubar seu sócio e melhor amigo Steve Wozniak, o verdadeiro criador da Apple. Bem antes de fundarem sua empresa, Woz (como Woznik é conhecido) desenvolveu um jogo que Jobs vendeu à Atari. Eles rachariam o que valor pago pela empresa.
Jobs entregou a seu amigo algumas poucas centenas de dolar, alegando que as negociações não renderam nem mil dólares. Mas, na verdade, a Atari pagou milhares à dupla.
Sempre que leio ou escuto essa história, quem a conta sempre conclui “Woz descobriu a verdade se sentiu traído e deixou a Apple”. Colocando dessa maneira parece que Wozniak fez um julgamento interpretativo da situação e, de má vontade e mesquinhamente, brigou por mixaria.
Mas sejamos justos, o que houve na ocasião foi roubo, apropriação indébita, desvio, sub-faturamento, ou seja, CRIME.
Essa é uma passagem que o telefilme Piratas do Vale do Silício nem cita. Na trama, Wozniak simplesmente surta, por achar que aquela vida não era para ele, doa suas ações aos diretores da empresa e some da empresa.
O mundo confunde o homem de negócios com a pessoa. Imaginam que o sucesso da Apple deve-se à pureza do coração do Sr. Jobs. Mas era exatamente o contrário, existe muito mais truculênciapor traz do iPod do que benevolência.