Reaprendendo AutoCad

No último sábado comecei um projetinho. Basicamente tratasse de uma iniciativa voluntária de mobiliário urbano. Assim que o desenho estiver pronto, farei alguns orçamentos. E quando estiver em fase de implementação, contarei aqui no blog exatamente do que se trata.

Só não terminei o desenho ainda porque decidi fazê-lo em 3D. Para isso, precisarei reaprender o mínimo de AutoCAD, programa que dominei até meados da faculdade. E num belo dia, num teste para emprego, que apareceu durante minha busca por estágio, percebi que substituíra todo o conhecimento que tinha por outras ferramentas mais relevantes para minha atual profissão.

Antes de me tornar Designer eu era Cadista, ou seja, eu fazia desenhos técnicos no computador (numa época que nem todo mundo tinha PC em casa, e que tinha não necessariamente tinha acesso à internet). Eu trabalhei para alguns escritórios de engenharia e topografia (nunca registrado), em projetos de redes subterrâneas de água, esgoto e outras coisas em canos enterrados. Fiz também algumas plantas arquitetônicas para arquitetos e decoradores.

Na verdade foi o AutoCAD que me levou para o Design. Depois que me formei Técnico em Edificações, fiz um curso VIP do programa. O combinado seria eu aprender apenas 2D, mas um dia meu professor rapidamente mostrou-me o 3D. Acabei então contratando o módulo avançado e durante este segundo pacote, ele apresentou-me o 3D-Max, que fazia modelagem e animações (tipo as da Pixar).

Meu professor não era habilitado a ensinar 3D-Max e indicou-me a mesma escola onde ele aprendeu o software. Nesse novo curso havia um colega que fazia Desenho Industrial no Mackenzie. Isso deu-me o a curiosidade de saber o que ele estudava na faculdade. E foi assim que descobri meu caminho profissional.

Em muitos trabalhos na faculdade o conhecimento em 3D-Max foram-me muito úteis. Seja em maquetes virtuais de aplicação de sinalização ou em breves animações para multi-mídias, esta ferramenta facilitou muito a minha vida. Nos últimos semestres, metade da classe também aprenderam o software (e um ou outro vive exclusivamente dele até hoje). E eu, desenvolvi outros interesses durante o bacharelado e acabei abandonando também o Max (como era “carinhosamente” chamado).

Mas o AutoCAD, que foi o ponto de partida de tudo que fiz nos últimos dezesseis anos, como disse antes, se perdeu há muito mais tempo. Acho que a última versão que dominei foi a 2000 (ainda no tempo que o mouse tinha um terceiro botão, o das “ferramentas de precisão, no lugar a rodinha que existe hoje), lá pelos idos 2002 ou 2003. Nem me lembro quando foi, meu pai me pediu que arranjasse a versão mais “atual”, o então 2010, é esse que estou usando (ou tentando) para desenvolver o meu projetinho.

Comecei o tal projeto principalmente para ocupar a mente e estimular a criatividade enquanto estou em casa, então o “atraso” não é motivo para pânico. Reaprender AutoCAD está sendo um ótimo exercício mental (e até sentimental).