Três Igrejas
Em Paris, visitar qualquer igreja é de graça. Exceto para subir nas torres, adentrar criptas ou algumas salas especiais, não se paga nada para entrar.
Se não fosse ao zoológico, iria à Catedral de Notre Dame. Imagine a muvuca que estaria na principal igreja da cidade em pleno “Dia do Senhor”. Então preferi ir na segunda-feira cedo.
Ela é bem maior que imaginava (porque as torres não são pontudas, sempre pensei que ela fosse bem baixa). em volta da nave, existem inúmeras capelas laterais. Várias imagens centenárias (algumas milenares). Apesar de escura e bem deteriorada, é uma igreja muito bonita.
Havia uma missa para crianças rolando enquanto eu e milhares de outros turistas fotografávamos todo o interior da catedral. Normalmente este é o único momento no qual é proibido tirar fotos no interior de outros templos, mas naquele não. Tem muitos televisores espalhados pela nave e por toda a igreja para todo mundo poder acompanhar a cerimônia.
Quando estava indo embora notei pessoas no alto das torres. Mas para também ir lá em cima, teria de enfrentar três horas de fila e só poderia permanecer por meia hora. Então desisti.
Ainda na segunda a noite, um casal de brasileiros me convidou para, no dia seguinte, ir até uma igreja gigante no norte de Paris.
Como eles não apareceram na hora combinada, decidi manter meus planos e visitar as Catacumbas de Paris (assunto do próximo post). E, após terminar o passeio subterrâneo, decidi ir até a tal igreja gigante: a Basílica de Sacré Cœur.
Esta é a parte de trás da basílica (e este casarão acima do carro vermelho é a casa paroquial). Por dentro e por fora, é bem mais bonita e conservada que Notre Dame.
Como não havia fila, nessa subi no domo e desci até a cripta. Do alto, apesar de longe do centro, a visão é incrível. E em baixo, algumas sepulturas e várias capelas laterais (é a parte mais feia e mal conservada da igreja).
Já sem opções na quarta-feira, fui até a sede da UNESCO. Mas não me deixaram conhecê-la (precisaria agendar previamente por email). Então andei pelos arredores até encontrar os fundos do Museu da Armada, onde uma outra igreja chamou minha atenção.
Ao me aproximar da Catedral de São Luis dos Inválidos, descobri que Napoleão Bonaparte estava sepultado ali. Isso me encorajou a entrar. O acesso à cripta era cobrado, aproveitei e adquiri ingressos para o Museu e para uma exposição sobre as Guerras Mundiais – venda casada – (assunto para posts futuros).
A nave (de visitação gratuita) era bem sem graça. Mas a cripta sob a cúpula, onde jaz vários comandantes do Império Francês, ao redor do mausoléu do auto-coroado imperador, me causou uma enorme sensação de repúdio e fascínio simultâneos.