Onte vi na TV que essa onda de calor e estiagem é um círculo vicioso. Quanto mais calor fizer hoje, pior será amanhã. E o pior, não existe qualquer previsão de quando veremos uma chuva descente.

Tenho dormido com o ventilador apontado para a minha cara desde meados de dezembro, e com a janela aberta há umas duas semanas. Está impossível ter uma boa noite de sono.

Ontem tentei uma nova estratégia: colocar uma garrafa d’água congelada na frente do ventilador. Não funcionou. Em menos de duas horas o gelo já era água.

Já estou há três semanas sem banho quente em casa. Está é a tática para não sair do banheiro já suado. Há um alívio imediato. Mas as noites continuam fervendo.

Em agosto tomei o banho mais gelado da minha vida, em Ushuaia. O vento apagou a chama do aquecedor. Eu já estava pelado e com os braços molhados quando percebi que a água quente não sairia. Então tomei algo que foi um pouco mais higiênico que um “banho de gato”. Me molhei rápidamente, me ensaboaei e me enxagoei muito mal. Fui dormir todo melado de sabonete.

Se soubesse que enfrentaria um calor tão grande agora, teria me enfiado com gosto de baixo daquele chuveiro.