Ontem uma colega de trabalho postou a foto de uma orquídea no Facebook. Ao ver aquela flor, percebi algo interessantae: não costumo fotografar flores.

Viajo. Vou a parques. Visito zoológicos. Passo dez minutos tentando o enquadramento perfeiro de um gato que foge antes de que eu tenha chance de apertar o botão. “Capturo” passaros em pleno voo. Mas, dentre um acervo de aproximadamente quatro mil itens, tenho apenas uma imagem de flores. Digo, a única foto onde as flores são o tema e estão em close up. Além disso, o vaso estava na recepção da empresa onde trabalho.

Essas três gérberas amarelas, na verdade nem foram clicadas pela sua beleza. As fotografei porque o tema semanal, proposto por um grupo que participo no Flickr, era “Repetição”. Ou seja, se tivéssemos apenas uma flor na planta, nem esta foto eu teria.

Gérberas amarelas

Pensei muito no porquê de, fotograficamente, não me interesso por flores. A única conclusão que consegui chegar é que elas não representam qualquer desafio, seja técnico ou estético. É muito fácil clicar algo belo, colorido e estático. Não depende muito da luz certa, do momento exato ou do ângulo ideal. Não é um exercício de paciência. Basta aproximar a lente, focar e fotografar.