Essas manifestações por mudança espalhadas por todo o país, me lembraram da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana. Este foi um dos levantes populares que lutaram contra a oligarquia que dominava a Velha República. Algum professor de História seu deve ter comentado rápidamente sobre isso.

No dia 05 de julho de 1922, a Escola Militar do Rio de Janeiro e o Forte de Copacabana se revoltaram contra a eleição de Arthur Bernardes no ano anterior. Depois de muita resistência, os comandantes do forte foram presos ao tentar sair e negociar com o comando geral das Forças Armadas.

Todos os aquartelados decidiram se entregar, exceto 27 militares de baixa patente e um civil. Eles então cortaram a bandeira do Brasil em 28 pedaços e marcharam em direção ao Forte do Leme, no outro extremo da praia de Copacabana. Após muita troca de tiro, dez homens desistiram.

Os 18 que sobraram (entre eles o único civil do movimento) seguiram firmes. Uma a um foram tombando. Apenas dois sobreviveram.

Esta foi a primeira de uma série de revoltas tenentistas que se espalharam pelo Brasil. Por todo o país, vários grupos de militares de baixa patente se voltaram contra o sistema político da República Velha e contra as péssimas condições de vida que tenentes, sargentos, cabos e soldados eram submetidos.

Cada um dos 18 do Foerte possui uma fisionomia e expressão própria. Apenas dois deles sobreviveram