Foi no dia 24 de abril que falei sobre o fim da versão em papel do caderno Link, do Estadão. Naquele nostaugico post, contei um pouco da influência que antigo“Caderno de Informática” teve em mais da metade minha vida. Desde a edição do dia 22 de abril do Link, a primeira como sendo apenas duas páginas do Caderno de Economia, meu interesse por ele vem diminuindo.

Desde os tempos do caderno completo em papel, a versão digital sempre foi cheia de links quebrados e trocados. Eu sempre alertava os editores, via Facebook sobre os problemas. Nem todos eram arrumados.

Sempre que eu chegava em casa na segunda à noite, antes de jantar, eu pegava o Caderno de Informática para ler o que não consegui na internet e também para guardar. às vezes eu o “roubava” do jornal aqui da empresa. Eu sempre podia contar com a antiquada versão física para completar o giro pelas notícias frias e bem escritas que faltavam na versão digital.

Mas, daquele dia 22 de abril pra cá, muita coisa mudou no Link online. Os colunistas quase não postaram novos artigos, ou nem postaram nada mesmo (exceto o Camilo Rocha, “o Homem Objeto”). A minha “preferida”, Tatiana Melo Dias, anda escrevendo mais no Caderno 2 (cultura e entretenimento) do que no próprio Link.

Mesmo com todas essas mudanças, ainda continuava lendo a edição semanal do Link. Porém, ontem à noite, quarta-feira, me dei conta que ainda nem vi a edição desta semana. E me lembrei que na semana passada e na anterior, praticamente me obriguei a ler o Link, mas não fui procurar no papel as matérias que não encontrei na internet. Não sei se ainda irei atrás da edição desta semana, e nem sei se lerei a da próxima. É difícil continuar acompanhando uma publicação que praticamente deixou de ser publicada.

Esta é a maneira que a informação chegará até nós daqui pra frente: instantaneamente, em qualquer lugar, a qualquer hora. Isso já deixou de ser o futuro e virou presente há muitos anos. Então ou nos adaptamos ou ficamos fora da realidade. Não direi que isso é “selvagem e cruel”, mas apenas que isso é o que é e ponto.