Persistência, não pessimismo
Ontem, no caminho de volta para casa, algumas coisas que aconteceram ao longo do dia fizeram a Lei de Murphy dominar os meus pensamentos: “Se algo puder dar errado, dará”.
Claro que o meu raciocínio partiu da busca por uma explicação rápida e simples para justistificar as frustrações do dia. Porém, a falta do que ler no trem, mantiveram-me concentrado na expressão. Então sempre que houver uma chance de falha, a falha será inevitável? Não há o que fazer para mudar isso? O fracasso é sempre inevitável? Então por quê várias coisas dão certo?
Respondendo as perguntas rápidamente: sim; há; não; se você eliminar todas as falhas o sucesso passa a ser inevitável. Como assim?
Sempre encarei (assim como todo mundo) a Lei de Murphy como uma frase sarcástica que sintetiza o pessimismo. Ontem me dei conta que ela não é nada pessimista, mas uma lição de perseverança. Existem vária maneiras de se fracassar, mas só uma de acertar. Então, ao invés de contar apenas com o “pensamento positivo”, é melhor procurar os defeios. Ter paciencia e eliminar falha por falha. tentar quantas vezes aguentar, mudando o que precisar mudar entre cada tentativa. É por isso que alguns conseguem o que ninguém mais consegue.
Depois que alguém consegue fazer algo que ninguém fez, o caminho é estabelecido. Todos que seguirem os passos do primeiro também conseguiram. E quem enxergar as limitações do desbrabavor, se tiver paciência e persistência irá muito além.
Curiosa e coincidentemente, quando comecei a escrever este post o Discovery Channel estava exibindo os MithBusters ( os Caçadores de Mitos). Um programa sobre persistência, tentativa e erro, para tentar fazer coisas que as pessoas só ouviram falar, mas que ninguém viu realmente acontecer.
Falando um pouco das origens da Lei de Murphy (que, diferentemente do que muita gente acredita, ela é única, não uma legislação completa). Ela surgiu durante experimentos, realizados pelo engenheiro aero-espacial Edward Murphy e pelo médico John Stapp, sobre os efeitos da aceleração e a desaceleração no corpo humano.
Durante um dos testes, os dados não foram devidamente captados porque um assistente não instalou um conjunto de sensores como deveria. Então Edward esbravejou: “Se este cara tem algum modo de cometer um erro, ele o fará”. Posteriormente Stapp modificou a expressão, batizando-a como a Lei de Murphy, e surgiu a consagrada: “Se algo puder dar errado, dará”.