Quando ia para casa ontem, além de onde o sinal da Kiss FM chega, escolhi aleatoriamente, em meu smartphone, uma música para continuar a minha trilha sonora até o término do caminho. Não me lembro se foi na segunda ou terceira faixa (modo randômico) que entrou Rock de Subúrbio, dos Garotos Podres.

Garotos Podres é uma das bandas emblemáticas da cena “oitentista” paulistana Punk Rock. Nascida em 1982 em Mauá, no ABC Paulista, eles atravessaram a década de 1990 ainda muito populares. Além de Rock de Subúrbio, os Garotos Podres cravaram vários outros clássicos do Underground Nacional, como Vou Fazer Cocô, Papai Noel Velho Batuta, A Mancha (sucesso na virada do século), sem nos esquecermos de Johnny, a mais icônica do repertório deles.

Na segunda metade dos anos 90,  quando comeceia frequentar “sons” em butecos e em salões de clubes, em Jundiaí, tive mais contato com a obra da banda. E o mais interessante é que não foi um contato direto: ter uma música dos Garotos Podres no repertório era tão obrigatório como para as bandas iniciantes, quanto tocar uma dos Ramones, dos Replicantes, do Olho Seco, do Bad Religion e do Dead Kennedys. Ou seja, eles figuravam numa espécie de “Pânteão Hard Core Local”.

Normalmente, a escolhida pelas bandas jundiaiense era Johnny. Eram músicas fácil de tocar e contagiantes. Aletras eram fáceis. Era difícil alguém não cantar junto.

Sinceramente, nesses anos todos, foram poucas as vezes que vi os caras em vídeo. Nunca fui a um show deles. Também tive pouco contato com as suas gravações, até meados da década passada, via MP3. Mesmo assim, posso afirmar que Garotos Podres foi uma das bandas marcantes marcantes da minha adolescência. Sempre que ouvir uma música deles, por mais horrível que seja a letrta, sempre lembrarei de bons momentos da minha vida.

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