Mais um dia na velha cidade. Hoje é a vez de visitar os palácios e museus.

Na praça do coreto, comecei pelo Palácio Conde dos Arcos. A antiga sede do governo estadual, construída no século XVIII; O Nome foi uma homenagem ao primeiro representante da Coroa Portuguesa na Vila Bôa de Goyaz.

O Palácio Conde é a ntiga sede do governo estadual

Hoje o Palácio abriga um museu. Mas durante três dias por ano, o Governador se hospeda alí e a cidade volta a ser capital do Estado. É estranho entrar nos aposentos de um cara que aparece toda hora na TV, tendo de se explicar em CPI do Congresso. Mas também é interessante ver móveis  de diversos estílos, épocas e do mundo todo. Mesas chinesas, loça alemã, prataria brasileira.

Nesta mesa foi assinado o ato que transferiu a capital para Goiânia

Nesta mesa mulheres não sentavam. Aqui aconteciam os jantares e reuniões oficiais do Governador

Jogo de chá e café de prata

Na sequência, logo ao lado, o Museu de Artes Sacras, dentro de uma igreja desativada. Lá não podia tirar fotos.  Mas o passeio é muito interssante. Existem muitos objetos de ouro e prata, relicários com relíqueas de santos. E o prato principal eram as imagens barrocas feitas em madeira, com olhos de vidro e revestidas de gesso e ouro, feitas por um artísta local.

O Museu de Artes Sacras fica numa ex-igreja

Também ouvi um resumo da história de cada bispo de Goiás, incluindo o primeiro que ficou cego em quanto viajava para a cidade para ser nomeado e empossado. Curiosamente ele é o único que, originalmente, não tinha seu retrato na parede. No lugar havia um quadro vazio.

Saíndo do Museu de Artes Sacras segui por uma ruela cheguei na praça que já foi o centro principal da cidade. Lá ficavam a Câmara Municipal, o Fórum e a Cadeia. Tudo funcionando no mesmo prédio, ao mesmo tempo.

Hoje o prédio abriga o Museu das Bandeiras

Hoje o predio abriga o Museu das Bandeiras, dedicado aos paulistas pioneiros e à exploração do ouro. Objetos de garimpo e de outras atividades ecônomicas da época, como chaveiro, tecelagem. Também tinha objetos indígenas e escravagistas. No andar superior, uma prensa de cunhagem de moedas da Coroa Portuguesa. Saber como eram as condições da cadeia, foi de arrepiar.

Vista geral do salão sobre o garimpo

chave me forma de “3”

Garganteiras para escravos

Prensa cunhadora de moedas do Brasil colonial

Janela da cela

E a cruz do Anhanguera, aquela original que foi levada pela enchente, foi recuperada pela Defesa Civil e hoje está exposta no museu.

A cruz do Anhanguera foi encontrada pela Defesa Civil rio abaixo

Este foi o único museu no qual nenhum guia me acompanhou. Estavam todos ocupados com uma excursão escolar vind a de Goiânia. E foi na explicação que para a turma da 8ª série que descobri que o nome Goiás vem da tribo Goiá, que quer dizer “pessoas iguais”. A tribo Goiá foi extinta com a chegada dos bandeirante, que se aliaram à outras tribos.

A última parada antes do almoço foi no Quartel do XX Batalhão de Infantaria., tropa que lutou na Guerra do Paraguai e continuou existindo por muitos anos republicanos. Hoje o predio abriga uma faculdade federal.

O Quartel do XX Batalhão de Infantaria, hoje sede de uma Faculdade Federal

Bandeira do XX Batalhão de Infantaria da época da Guerra do Paraguai

Fechando o passeio do dia, a tarde almocei num restaurante que me serviu tanta comida que parecia aqueles lugares que se você comer tudo não paga a conta.