Conhece o Thor? Não aquele da Marvel, nem o da Hanna Barbera, mas o “verdadeiro” deus do trovão. O que morreu ao derroatar Jörmungand, a Serpente Midgard, durante o Ragnarok. Desconsiderando as patentes, o cara deve ter sido mais importante e poderoso que seu pai, Odin, rei de Asgard.

Cultuado pelos vikings, pelos bretões e germânicos (inclusive pelos nazitas). Existe até uma letra com seu nome, Þ (Thorn) þ (thorn), usada em alfabetos nórdicos atuais. Ela tem som do “th” inglês, e teve origem na escrita rúnica.

Inclusive o dia de hoje, que chamamos de quinta-feira em português, tem outros nomes em outros idiomas. Em sueco, dinamarquês e norueguês é Tordag. É torstai em finlandês. Em alemão, Donnerstag. Thursday em inglês. São todas as variações do nome do filho de Odin nas respectivas línguas, em suas formas arcáicas.

Sempre ouvi dizer que Thursday vinha de “thunder”, e que Donnerstag vinha de “donner”, as traduções de trovão para inglês e alemão. Mas nunca imaginei que foi o próprio Thor que cedeu seu nome ao estrondo do relâmpago.

A propósito, nem Thor, nem os vikings usavam capacetes com chifre ou asas, e nem armaduras de metal.

E o trovão era algo tão assustador nos tempos antigos que outras culturas também o “endeusaram”: os gregos tinham Zeus;  os romanos, Júpter; e paras os índios sul americanos é Tupã.