Quando comecei a acessar a internet, lá pela virada do século, o que fiz logo após criar meu primeiro email (jodf@starmedia.com, cancelado pelo próprio provedor por falta de uso) foi registrar uma conta no ICQ. Isso quando ainda nem tinha internet em casa. Eu usava num shopping, ou na casa de um amigo.

Através dele conheci muita gente, sempre por contatos repassados por amigos meus. Falava com uma jogadora da seleção peruana de voley. Conversei uma menina que fez intercâmbio na cidade onde filmaram os Goonies. Tinha amigos que encontrava na rua, mas só dialogava via ICQ. Mantinha contato com pessoas que passaram pela minha vida.

No auge, tive mais de 80 contatos, com os quais conversei  bastante. Era tanta gente usando, que acreditava que jamais cairia no atual desuso. Não imaginava tanta gente jogando tantos contatos fora e recomeçando suas listas em outro lugar. Até hoje, em quase dez anos de uso, não tenho 30 contatos (alguns duplicados) no Messenger e nem metade disso no Skype (com 6 anos de uso).

Nosso querido “I Seeq You” (Eu Procuro Você, o significado da sigla ICQ) foi um daqueles promissores aplicativos do século XX que caíram nas mãos da America On Line e afundaram. Enfrentar o MSN/Messenger, tendo a gigante Microsoft por trás também ajudou a “flor verde a murchar”.

Mas o ele nunca foi descontinuado e até hoje mantenho  minha conta ativa. Só tenho um contato que ainda aparece ativo, o ¯¯²¬ KamusBrazil –¬, que estudou comigo no ensino médio. Mesmo assim ainda uso o ICQ para falar com muita gente. Dos três conversadores que uso, o ICQ é o único que possibilita falar diretamente com meus amigos do Facebook. O Skype e Messenger apenas mostram as atualizações de status, mas não habilitam chats.

Quem quiser matar saudades, retomar sua lista, começar uma nova, ou só conversar com os amigos do Facebook, basta baixar o aplicativo em www.icq.com, totalmente em português, em versões para Windows, Os Mac, Linux, iFone/iPad, Android, Black Berry e Symbian.

E quem quiser falar comigo, meu ICQ é 52052382. O mesmo número desde o século XX.