Lembra-se que nos últimos anos do milênio passado muitas bandas clássicas voltaram à ativa? Muitas nem tinham acabado de fato. Outras se juntaram depois de muito tempo para uma turnê avulsa. Muitas lançaram discos inéditos. E também houve grupos que retomaram sua formação original ou readmitiram algum membro carismático.

Muitos artistas no início dos anos 90 começaram carreira solo, projetos paralelos ou simplesmente caíram no limbo porque já não eram tão legais mais. Mas conforme a década avançava, muitos queriam marcar a chegada do lendário ano 2000 fazendo algo especial. Em 1998 e 1999 muitas bandas se reuniram e saíram em mega-turnês, com shows tecnológicos e efeitos especiais, lotando estádios no mundo todo.

Alguns destes revivals não duraram até o século XXI. Outros se perderam ao longo da última década. E tem aqueles que ainda estão na estrada, mais fortes que nunca.

Em meados dos anos 2000, muitas bandas clássicas, que não voltaram antes por causa da morte de algum membro original, fizeram curtas turnês com artistas “improvisados”, com o nome “levemente auterado”.

Já para o final da década passada, começaram a surgir os “tributos”. Um nome pomposo para bandas covers, aprovadas pelos artistas copiados, com status de trabalho oficial.Umas prestam e outras não. Mas no final não são mais que imitadores como vemos direto em qualquer bar de rock por aí.

Vários desses tributos saem excursionando pelo mundo, e passam pelo Brasil sem grande estardalhaço. Outros têm até promoção exclusiva em rádios. Mas o cúmulo será o show de hoje do Letz Zep. O cover oficial do Led Zeppeling toca esta noite em São Paulo, como parte das comemorações de 10 anos da rádio Kiss FM. E a emissora se gaba como se trouxesse a própria banda de Jimmy Page à cidade.

Tudo bem que o cenário atual com Emos, Coloridos e Coldplay é triste pra caramba… Mas ‘piratear’ os nomes sagrados do rock é muita apelção.