Ontem foi o terceiro domingo de fevereiro, dia de nos readaptarmos ao nosso “fuso horário” normal. Quatro meses vivendo uma hora mais cedo. Na virada do último sábado para domingo, recuperamos uma hora perdida em outubro.

É interessante como essa “volta à rotina” afeta cada pessoa. Eu, por exemplo acordei totalmente desorientado no domingo. Ou seja, a suposta hora a mais dormindo já se foi neste momento. E, o sono chegaou mais “cedo” a noite.

Hoje a acordei de madrugada preocupado com a perda de horário.  E então sofri um fenômeno que batizei a algum tempo de “efeito da Terra parada”. Sabe quando, você não se sente afobado, mas o tempo demora a passar? Cada minuto vira dez. Seu coração bate normal. Os sons que você ouve não parecem desacelerados. Mas mesmo assim o relógio não anda. Um ótimo jeito de abalar o humor antes de levantar.

Nas ruas, transito muito mais intenso que o normal do horário. Ônibus e metrô lotados. Saio bem mais cedo de casa para fugir de tudo isso. Mas parece que hoje ninguém acertou os seus ponteiros, deixando suas residências como se ainda estivessemos no horário de verão. Como se eu tivesse saído oficialmete 1 hora mais tarde de casa. Como se a culpa fosse minha e não do governo.

É… Desta vez podemos culpar o governo (e o Congresso) por todo o transtorno que enfrentarmos por causa disso, tanto biologicamente quanto socialmente. Uma medida de eficácia questionável. Em média, cada cidade economiza o equivalente a 5 dias de seu consumo. Realmente, não sei se duas semanas da minha saúde (uma agora e outra em outubro) valem esta poupança magra.

Não há como negar que o horário de verão proporcione um final de dia muito mais gostoso, mas um início muito mais complicado. Talvez devêssemos ficar com ele o ano todo, como tentou um a vez um prefeito do Rio de Janeiro, nos anos 90. Mas essa opinião varia de pessoa pra pessoa, de organismo para organismo. Cada um se adapta de um jeito.

Mas hoje deixo um aviso: Saímos do horário de verão. Acerte seu relógio biológico.