Não entrarei em méritos científico, muito menos em polêmicas religiosas. Hoje faz 400 anos que o italiano Galileo Galilei “inventou” o telescópio.

Por que conjuguei o verbo entre aspas? Porque o “pai biológico da criança”, na verdade, foi o alemão Hans Lippershey, que o criou para uso militar (observar o avanço inimigo), um ano antes da invenção de Galileo.

Baseado no projeto de Lippershey (basicamente um tubo com uma lente em cada ponta: a primeira amplia a imagem, e a segunda corrige distorções ópticas), o matemático Galileo decide criar um objeto capaz de, quase literalmente, tocar a lua (por isso também ficou conhecido como luneta).

Hoje temos vários instrumentos que trabalham com o mesmo princípio ou com a mesma finalidade: “alcançar o infinito”. Seja um binóculo, a objetiva de uma câmera, ou um super-telescópio (tanto aqueles existentes nos Andes quanto o Hubble).

Filosoficamente, e apar da questão religiosa, a iniciativa de Galileo de mirar o céu (ao invés de inimigos), tem uma importância enorme:

Deixar o ódio de lado, e olhar para algo muito maior que qualquer coisa que o homem já conheceu.