Woodstock 40 anos
Hoje completam-se 40 anos do fim do festival do slogan Paz e Amor. Mesmo com um público estimado de 500.000 pessoas, ele não foi o maior (as três edições brasileira do Rock’n’Rio tiveram muito mais de um milhão cada). Em termos de “providência social”, também não foi o principal (o Live Aid arrecadou dinheiro para combater a pobreza na África).
Visualmente, na minha opinião, ficou entre os mais feios (principalmente o público). Mas nenhum outro show teve uma importância cultural tão grande. Nem reuniu tanta qualidade musical sobre o palco.
Woodstock: engraçado… este nome lembra-me primeiramente do pássaro amarelo amigo do Snoopy. Charles M. Schulz realmente batizou a pequena ave em homenagem ao festival. Até a aparência esquisita do bicho remete ao visual Hippie.
Era o final de uma década marcada por uma guerra fadada ao fracasso. Os jovens faziam uma revolução pacífica de costumes, mas radical. Sexo, Drogas e Rock’n’Roll. E naqueles três dias de agosto: Paz e Amor. Uma especie de peregrinação até um gramado a três horas da cidade de Nova York. Nem a chuva atrapalhou a festa. Pela primeira vez, os filhos deixaram muito claro que não queriam ser iguais aos seus pais.
As melhores bandas e cantores da época estiveram lá. Jimmy Hendrix, Janes Joplin, Rolling Stones, The Who,e muitos outros. Houve também ausências significativas como Led Zeppelin e Beattles (não foram porque não deixaram a Yoko Ono participar também).
Além do pássaro amarelo, Woodstock ganhou diversas homenagens e referências. Filmes, seriados, litvros, quadrinhos e desenhos animados. Existe um episódio de Os Simpsons que mostra o pequeno Homer Jay brincando nu na lama do festival, enquanto seu pai Abrahan, de terno e sentado numa cadeira, vaia a performance de Jimmy Hendrix.
Aliás, todas as apresentações que aconteceram naqueles três dias foram únicas. Nenhum artista jamais repetiu sua performance em outros palcos. A energia daquela multidão é que realmente criou tudo aquilo.
Uma outra coisa que demonstra a importância do festival, é que as únicas imagens que conhecemos (ou a mais forte em nossas lembranças) de muitos artistas lendários dos quais ouvimos muito falar, são de suas apresentações em Woodstock. É o caso de Joe Cocker, interpretando do tema de abertura do seriado Anos Incríveis.
Sendo muito sincero, não tenho muita vontade de voltar no tempo (até mais de uma década antes do meu nascimento) para ir àquele festival. Mas reconheço a importância que Woodstock teve na formação do mundo no qual vivemos hoje.