Em defesa do cidadão
Agora a pouco, quando vinha para o trabalho, aconteceu uma confusão no metrô que não dá para deixar de registrar.
Quando entrei no vagão, um casal de velhinos saira da frente do banco preferencial em direção a um outro banco (um pouco longe) onde alguém sedera um lugar a eles.
Normalmente, quando quem está no acento reservado não levanta, sempre olho para ver se deveria estar ali. Ne no caso as duas mulheres que estavam, não deveriam estar. Fiquei na minha, mas um senhor não: o homem reclamou com as mulheres que era um absurdo os idosos sairem dalí porque as duas virão eles e se recusaram a levantar.
Então começou um bate boca entre o homem e uma das mulheres (a outra continuou fingindo que não tinha nada com isso). A mulher gritava, chamando o senhor de “sem educação”, proferia ofensas que não repetireie aqui, e disse que se fosse um homem ele não reclamaria, chamando-o de covarde.
O homem retrucou dizendo que reclamaria com qualquer um no lugar dela. Foi então que a mulher levantou para apontar homens em outros bancos preferenciais, e tentar inflamar a multidão, tipo esse cara está arrumando encrenca com uma “frágil donzela”.
Neste momento, um cara resolveu mandar o senhor calar a boca e tomar as dores da mulher. E, para a surpresa da mulher, o senhor não afrouxou. Encarou o rapaz (mais novo e mais alto que ele), tirou os óculos, mandou o “se foder” e chamou-o “pro pau”.
Depois de um pouco de discussão (aos gritos), o rapaz “baixou a bola”. E a mulher? Quando o senhor encaraou o outro sujeito, ela percebeu o tamanho da encrenca que ela criou e baixou a cabeça. Não levantou, mas saiu de fininho da confusão.
Você pode estar pensando que tiozinho estressado! Mas as vezes penso que se todos fossemos um pouco como este tiozinho (não na mesma medida, claro) teriamos uma noção melhor do respeito do direito alheio, e consequentemente teriamos uma cidade mais civilizada.