Colocando o Coringa para dançar
Já tem quase um mês que não apareço por aqui. Em 2016 estou negligenciando muito o blog em 2016. Uma série de mudanças na minha vida têm atrapalhado. E o pior que nem é por falta de assunto. Por exemplo, depois de assistir Batman vs Superman a decepção era tanta que pretendia “descascar” o filme aqui. Mas a falta de tempo adiou o post e acabei tirando da pauta.
Estava com muita expectativa para ver Batman vs Superman. A ansiedade era, guardadas as proporções de idade, a mesma que tive quando criança para a estreia de Batman o Filme, aquele dirigido por Tim Burton, estrelado por Michael Keaton, coadjuvado por Kim Basinger e antagonizado por Jack Nicholson, e ainda deu origem à aquela série animada dos anos 90.
Eu era criança e, meses antes da estreiado filme, já estava alucinado. Via na TV todas as reportagens sobre a produção. Acompanhei a polêmica sobre a ausência do Robin. E principalmente pedia ao meu pai que comprasse todos os itens relacionados ao “Batman Preto” (o dos desenhos ainda era azul com a barriga cinza). Ele chegou a comprar uma camiseta preta e duas azuis marinho (uma delas para o meu irmão) e mandaria pintar o símbolo amarelo, mas nunca rolou. Com trocos de padaria, comprei chaveiros de EVA que desencaixavam o morcego do centro.
O único produto oficial que ganhei antes da estreia foi o disco de vinil da trilha sonora. O LP tinha capa dupla (uma dento da outra) e era repleto de músicas alegre e dançantes, cantadas por um cantorzinho de voz aguda. Eu, meus irmãos e amolecada da rua pirávamos com aquele som.
Quando o finalmente assisti o filme, adorei de tudo, desde o “I’m Batman” até o Bat-jato pairando em frente à lua, e claro o “três-oitão” do Coringa. Foi o primeiro filme de super herói que assisti no cinema (os “Supermen” só assisti na TV). Mais velho, quando já estava imerso no Universo DC, me dei conta de como aquela adaptação foi fiel (claro que a HQ também copiou muita coisa do longa metragem).
Lembrei de tudo isso hoje, porque logo cedo soube da morte daquele cantorzinho de voz aguda que fazia a molecada pirar. Digo cantorzinho porque ele tinha só um metro e sessenta, não porque tinha pouco talento. Aliás, ele é recordista em indicações ao prêmio Emmy. Sobre todas as polêmicas que esse cara se envolveu e tudo de bom que ele fez e conquistou você já viu e ouviu o dia todo em todo lugar. Eu prefiro lembrar do Prince colocando o Coringa para dançar.