O parque ao lado
No dia 11 de dezembro, o meu último em Paris, andei bastante e aleatoriamente pelo centro da cidade. Esse é um ritual de despedida que faço em quase toda cidade por onde passo.
Voltando ao hostel, decidi finalmente entrar num parque que ficava ao lado. A praça Georges Brassens, onde todo domingo acontece uma feira de livros usados. Não importava o caminho que fazia para sair ou chegar, eu sempre passei na frente dele.
A proximidade do inverno faz o céu fechar e o dia acabar mais cedo. As árvores já estavam quase sem folhas. O pequeno lago central estava vazio. Adolescentes zoando. Algumas crianças brincando. Adultos jogando ping-pong em mesas de granito. Muitos corvos (e uma senhora alimentando-os). O lugar tinha um ar bem sinistro. A noite deve ser assustador.
Mas com tudo o que vi ali, no verão deve ser um ótimo lugar. Escola de teatro de um lado. Um teatro de marionetes do outro. Muitos bancos e árvores. Uns dois ou três parquinhos. Enfim, um típico parque urbano de bairro, daqueles que todo mundo adoraria ter perto de casa.
Após sair da praça, era hora de preparar as malas para deixar Paris antes do Sol nascer.