A Torre Eiffel
Minha quarta-feira em Munique foi dedicada à roupa suja e meus preparativos de partida. Na manhã seguinte embarcaria para Paris. Embarcaria se não tivesse chegado atrasado no aeroporto. O pessoal da Air France ainda tentou me colocar a bordo com a mala na mão. Mas não teve jeito, ainda vi a ponte se desconectando do avião.
Enfim, reacomodaram-me no voo seguinte, que deixou a capital bávara no final da tarde. Com isso, acabei chegando ao hostel parisiense lá pelas oito da noite. Então, no meu primeiro passeio pela cidade, acabei não indo além do mercadinho da esquina.
Eu tinha várias ideias para o dia seguinte. Ao abrir a janela do dormitório, decidi qual seria o primeiro lugar onde eu iria no dia seguinte.
Cheguei ao pé da Torre Eiffel pouco depois das oito da manhã, com o dia ainda amanhecendo. Não sei se é porque ela já é muito manjada ou é sem graça mesmo, mas vê-la ao vivo e inteira não é tão emocionante quanto pensava. Mesmo assim, encarei a fila para subir os dois primeiros níveis por escadaria (4€ mais barato que pelo elevador).
No segundo nível, comprei um novo ingresso e segui até o topo de elevador. O tempo nublado e o frio não ajudaram muito. Mesmo assim, fique por lá muito tempo. Olhei para toda a cidade, procurando os outros lugares onde pretendia ir (tentei até achar o hostel).
Mesmo sendo uma estrutura inicialmente temporária, tem até banheiro lá no topo (pensando bem, faz muito sentindo, se levarmos em conta o tempo que levaria até o chão. Também já houve um pequeno botequinho ali, além de um minúsculo escritório do Engenheiro Gustav Eiffel.
Voltando ao segundo nível, encontrei o memorial da torre. Informações técnicas e históricas. Fotos e pinturas famosas com ela. Cartazes de filmes para os quais a torre serviu de cenário. As réplicas pelo mundo (não consta a do Hopi Hari). Além de comparação de altura com outras estruturas feitas pelo homem. Foi ali que pensei “ainda bem que nem o Hitler foi louco o suficiente para mandar derretê-la ou destruí-la”.
já no primeiro nível encontrei instalações artísticas, restaurantes, uma loja souvenirs, uma pista de gelo para patinação e um estúdio de TV com um pequeno auditório.
Após descer, andei o dia todo pela capital francesa. fiquei bem cansado. Mas só voltei a noite para o hostel, esperando a torre acender-se. E aquela imagem sem graça das oito e pouco da manhã, ganhou muita magia.
Mas legal mesmo é quando ela aparece entre os prédios durante a noite.