Ontem pedalei até Campo Limpo Paulista. Estive em frente ao local onde, no final dos anos 90, co-apresentei um especial dos Ramones ao lado de um colega radialista. Parei no supermercado em frente ao prédio que abrigara a rádio de onde o programa foi transmitido.

Hoje parte da rede Russi, mas que na época se chamava Aurora. Na porta do mercado havia um latão de lixo, em 1998.

Naquele sábado, cheguei com os meus CDs para transmitirmos o especial dos Ramones. Encontrei o meu amigo apresentando a programação normal em pé. Quando o microfone era cortado, o cara se gemia e se contorcia todo no estúdio. Ele precisava muito ir ao banheiro, mas não havia papel. Na rádio encontravam-se algum documentos importantes (que jamais poderiam sumir no horário dele).

O horário do rock já tinha começado (mas ainda não o especial). Mas as víceras dele não esperariam-no chegar em casa. Então meu colega teve de tomar uma medida desesperada: ele faria o que tinha de fazer, mesmo banheiro sem papel.

Enquanto ele estava lá, a música (não me lembro exatamente qual, mas era uma do Metallica) estava acabando. Sem saber o que fazer, fui chamá-lo. O locutor voltou atempo da virada musical.

Na sequência ele me contou qual foi a sua “salvação”: havia um pano de chão usado, jogado num canto do banheiro. Isso mesmo, um pano de chão usado, imundo e ainda úmido.

Claro, na época isso causo muito contrangimento ao sujeito. Mesmo assim ele não omitiu detalhe detalhe algum dos nossos demais colegas. Anos mais tarde, isso foi até um causos contados num encontro da nossa turma.

Ah! Só para constar, ele não largou o pano no banheiro da rádio. Lembra daquele latão de lixo da porta do supermercado do outro lado da rua? Esse foi o destino do pano de chão.