A Ponte Torta a cada dia fica mais deteriorada

Durante os anos 90, quando ainda estudava na Escola Técnica, noteique havia um pouco de deterioração na Ponte Torta. Na época comentei sobre o problema com um professor arquiteto, que me orientou a contatar a Secretaria Municipal de Patrimônio Histórico de Jundiaí. Acabei não fazendo isso.

Hoje, na foto acima, tirada no último sábado (25/01), é possível perceber o quanto o problema piorou nos últimos 16 anos. Além de virar um imenso pombal, a ponte tem servidode suporte para faixas de publicidade irrgular. E os tijolos, que compões 100% de sua estrutura, estão se desfazendo com a ação do tempo.

Aponte fazia a ligação de bonde, no século XIX, entre o centro de Jundiaí e a estação ferroviária, cruzando o rio Guapeva. No século XX serviu de passarela para pedestres e foi desativada com a canalização e alargamento do rio.

Desde que me mudei para a cidade, sempre fui fascinado por esta velha e alta ponte de tijolos vermelhos, que não chega até a margem esquerda do rio. Na infância, imaginava que um dia alguém puxaria uma das pernas e a esticariam até o outro lado. Na adolescência subi nela numa noite (mesmo ela estando muito longe da minha casa). Na noite seginte, levei dois amigos até lá para mostrar porque eu sumira um dia antes. Depois de adulto, fico imaginando se ainda seria possível restaurá-la e torná-la funcional de novo.

Existe o projeto de um parque linear em execussão às margens do rio e no entorno da Ponte Torta.

Não me pergunte como ela ganhou este apelido.

Cancei de ouvir histórias que toda a população jundiaiense se mobilizou para impedir a sua demolição, quando ela foi definitivamente desativada. E agora, será que já não passou da hora de uma nova mobilização para que a Ponte Torta não caia sozinha?