MAIÚSCULAS e minúsculas, todo mundo sempre chamou assim a vida inteira. Mas com a “explosão” do design na última década, essas duas palavras simples substituidas por duas palavras compostas: CAIXA-ALTA e caixa-baixa, respectivamente.

Parece bem óbvio associar a palavra “maiúscula” com a palavra “alta” e “minúscula” com “baixa”. É tudo adjetivo referente a tamanho. Mas na verdade não é nada disso: o que realmente importa aí é a palavra “caixa”.

A palavra “caixa” não se refere à “letra”, mas às gavetas do móvel onde eram guardadas as fontes tipográficas. Na primeira gaveta guardavam-se as letras maiúsculas. Na segunda, as minúsculas. Na teceira, algarismos e outros símbolos. E assim sucessivamente. Ou seja, se os primeiros tipógrafos do mundo tivessem invertido a ordem dos compartimentos, “minúscula” seria “alta” e “maiúscula” seria baixa”.

Nos tempos dos tipos móveis de metal, além de peso, inclinação e largura (como ainda é hoje), as fontes de uma mesma família também eram distintas pelo corpo (ou altura). Então imagine o espaço que as oficinas de tipografia pecisavam para guardar tantas caixas de tipos.

Caixa alta de tipos Russos

Na falta de uma imagem de uma caixa (seja alta ou baixa) de tipos romanos, ilustrei este post com uma caixa-alta de uma fonte russa, pois era a única foto que eu tinha.