Auto-retrato da câmera no espelho

Coolpix L100, da Nikon, esta é a minha câmera. Tem 10 megapixels, zoom óptico de 15× e uma lente grande angular. Acho que o grande defeito dela é ser alimentada a pilhas (mas isso pode também ser vantajoso, já que é possível comprar pilha em qualquer lugar, menos no zoo de Berlin).

Comprei-a num box de uma galerirazinha, na Rua Santa Ifigênia, loga na primeira semana de 2010. “Chorando”, na época custou uns R$ 900,00, já com um cartão de 8 GB e uma bolsa de transporte. Foi a mais cara que consegui comprar (o preço da próxima pulava para mais de R$ 3 000,00. Pilhas recarregáveis acabei comprando em outro lugar, pois naquel box não vendiam. Deram nota fiscal e carimbaram o certificado de garantia. Hoje ela já está fora de linha.

No comço eu tinha muito receio de andar com ela pela rua. Por ela ser grande e chamativa, ficava com medo de ser roubado. Tanto que quando tsaí para “caçar vacas” usei meu smartphone Nokia 5530. A Coolpix só usava em ocasiões fechadas, como foi o lançamento da rede colaborativa da Fundação Mozilla. Precisei atravessar o Atlântico para perder o medo de perdê-la.

Ela foi comigo para a Alemanha e percorreu o Brasil comigo. Eu quase a destrui na na Ilha do Mel, quando deixei-a cair numa pedra, quase batendo a lente de frente. O interessante, que eu não esquentei a cabeça quano esse acidente ocorreu. Mas oa sentir seus mecanismos e botões engripados pela areia e (possivelmente) pelo sal, quando voltei ao continente, me assuatei bastante.

Eu tirei esta foto no dia 18 de agosto do ano passado, para homenageá-la no dia da fotografia. Coloquei a câmera na frente do espelho com o temporizador ligado, por isso a imagem está invertida.

Muita gente adora minhas fotos. Familiares, amigos e colegas elogiam muito meu “trabalho fotográfico”. Mas não me envaideço com os comentários, eu sei bem que estou muito longe de poder ser chamado de “bom fotográfo”, sem falsa modéstia (puro conhecimento técnico e artístico para poder afirmar que não sou bom de verdade – tavendo como não é falsa modéstia).

Às vezes penso, e também muita gente me pergunta, se eu gostaria de ter uma câmera melhor. Chego até pesquisar modelos no Flickr e preços em “shoppings virtuais”. Os preços não me encorajam muito. Mas mesmo o dia que eu comprar uma SLR com objetivas intercambiáveis, foco manual e GPS integrado, não acredito que eu consiga me livrar ou mesmo aposentar minha Coolpix L100.