Exatamente 20 anos atrás,  Farrokh Bulsara mais conhecido como Freddie Mercury, o performático vocalista do Queen, perdia sua luta contra a AIDS.

O Queen é uma daquelas bandas lendárias que quase todo mundo adora. E os poucos que não gostam, odeiam. Mas quem conhece não consegue ser indiferente. O grupo ficou trinta anos na ativa, até a morte de Freddie. Hoje estão em seu segundo revival, mas nunca mais será o que era.

A banda não se escorava só no carisma de seu vocalista. Ouvi muito falar do guitarrista Brian May e do baterista Roger Taylor em outros ótimos trabalhos nos anos 90, e só depois descobri que foram membros do Queen.

Estiveram duas vezes no Brasil: em 1985 no primeiro Rock’n’Rio; e antes disso, em 1981, quando tocaram no estádio do Morumbi (SP) e no Maracanã (RJ), onde muitos críticos musicais julgam que ocorreu a integração mais perfeita entre público e artista na história do rock.

Uma curiosidade sobre a passagem da banda pelo Brasil: em 1981, antes do início do show do Maracanã, um reporter pergunta a Mercury no vestiário qual era a sensação de cantar para 200.000 pessoas. Freddy respondeu: “Não sei. Ainda não fiz isso”.

Acabamos de sair de uma década na qual pouca coisa relevante aconteceu no rock. Nos últimos 10 anos a banda mais importante foi o ColdPlay, se é que alguém realmente classifica isso como rock. Basicamente, vivemos hoje de grupos contemporâneos ao Queen (U2 e Iron Maiden por exemplo), alguns herdeiros do Nirvana (Foo Fighters e Pearl Jam) e caras ainda mais velhos (Rolling Stones). Ninguém mais se firma na música. E conforme este pessoal vai envelhecendo, se aposentando e morrendo, vamos ficando musicalmente órfãos.