A Trava U
Alguns meses atrás, fui alertado por quase todos os funcionários da academia que frequento sobre o crescente número de roubos de bikes no estacionamento do local. Como todas as unidades da rede tem uma placa desencorajando os alunos a irem malhar pedalando (“proibido a permanência bicicletas neste local”), pensei que estavam apenas tentando me persuadir. Semanas atrás, quando chegava na academia, um garoto abordou-me e alertou que o meu cadeado (de cabo de aço comprado na minha bicicletaria de confiança) não era seguro. Ele se identificou como uma das vítimas dos furtos anteriores.
Nunca confiei de verdade na minha trava. Não importa onde estaciono na, quando volto contando com uma pequena chance de roubarem mais minha bike. É sempre um alívio reencontrá-la. Então, senti que era hora de comprar uma u-lock: uma daquelas travas rígidas que realmente parecem um cadeado gigante.
Procuro uma trava u já há muito tempo, até mencionei isso quando falei sobre o cubo dínamo. Mas as dificuldades para encontrar o cadeado no Brasil são exatamente as mesmas com que me deparei na compra do dínamo: ou pago um preço absurdo em alguma loja on line que contrabandeou um produto de qualidade ou fico com uma peça de qualidade duvidosa baratinha. Isso sem falar no descaso dos fabricantes, comerciantes e blogueiros, não esquecendo dos consumidores e a velha mentalidade de “ou é a culpa é da Dilma ou é do Alkimin”.
Adotei exatamente a mesma estratégia usada para o cubo dínamo: comprei diretamente do exterior e assumindo o risco de ser taxado da alfândega. Mas dessa vez o produto veio dos EUA.
A trava chegou hoje. E, assim que a recebi, fui até a praça em frente a minha casa testá-la e aprender a usá-la.
O preço acabou pesando muito na escolha. Comprei uma com nível de segurança 6 (1 é o mínimo e 10 o máximo). Temi que fosse pouco. Impressão que se desfez assim que a pequei pela primeira vez: ela é bem robusta!
Essa u-lock vem com um suporte para fixá-la no quadro, um par de chaves codificada e um cabo de aço extra para prender a roda da frente. O ritual completo para prender a bicicleta ficou até um pouco mais rápido do que era com o antigo cadeado.