Guerras Mundiais
Como já disse antes, junto com o ingresso para a tumba de Napoleão Bonaparte, comprei também entradas para o Museu da Armada e para uma exposição sobre as Guerras Mundiais.
Pelo tamanho do prédio, imaginei que o museu seria grande e cansativo (mais ou menos como foi o Louvré). Então, após visitar a Catedral de São Luis dos Inválidos e a Tumba de Napoleão, entrei na Exposição sobre as Guerras Mundiais.
Ao entrar na primeira sala da mostra, deparei-me com diversas pinturas e ilustrações sobre a Guerra Franco-Prussiana. Este foi o conflito que gerou todo o rancor entre França e Alemanha, no século XIX. Em fim, só uma pequena explicação do porquê essa gente se odiava tanto há cem anos atrás.
Na segunda sala, percebi que o que vi no ambiente anterior não era só um apêndice. Encontrei objetos, armas (leves e pesadas) e uniformes originais da Guerra Frano-Prussiana. Tinha até uma coleção de estátuas de cera dos principais oficiais franceses da época.
Minhas expectativas ali eram tão baixas que percorri várias salas e não fotografei a etiqueta de qualquer peça, como faço em qualquer museu, exposição ou zoológico que visito. Ao chegar no começo da ala sobre a I Guerra Mundial, percebi o quanto eu vacilara até o momento. Aquela não era uma exposiçãozinha, com meia-dúzia de coisinhas e um monte de banners. Eu estava num lugar que deveria ser um museu permanente.
A evolução do mundo, ali mostrada, era contínua. Não existia algo que realmente indicasse o final da ala sobre a Guerra Franco-Prussiana e a I Guerra Mundial. Era como se fossem uma única guerra, com uma longa trégua. E realmente foi assim.
Mas falando da ala da I Guerra Mundial, a evolução das armas (principalmente francesas e alemãs) era muito bem demonstrada. Dioramas em escala detalhavam as trincheiras. Uniformes originais de todos os principais participantes do conflito também estavam lá. Tinha até um casaco sujo com barro original de algum campo de batalha.
Passando para a ala da II Guerra Mundial (novamente com uma transição que mantém a história contínua e única), cheguei a parte mais detalhada da exposição. Muita coisa sobre as frentes do Leste e Oeste Europeus, sobre a guerra no Sahara e no Pacífico. Além de uniformes, objetos e armas (de todos os portes, incluindo uma réplica da bomba de Hiroshima), também vários veículos (alguns originais, outros réplicas em escala).
Completando o acervo da II Guerra Mundial, muitas fotografias e pôsteres de propaganda (alguns originais, mas a maioria reproduções).
E se a exposição começou com as origens do rancor europeu, ela acaba no momento que Franceses, Britânicos e Alemães deixam de ser os “fodões” do mundo: a Guerra Fria. Esta ala é a menor da exposição. Há pouca coisa sobre este período, apenas o suficiente para deixar claro que, o conflito iniciado no século XIX, acabara de vez e uma ameaça muito maior pairava sobre o mundo.