Um museu muito sem graça
Sempre dizia “Os melhores museus temáticos que já fui são o de Valores do Banco Central, em Brasília, e o do Gutenberg, na Mongúcia, empatados em primeiro. Mas acredito que o da Língua Portuguesa deva ser melhor que os dois”. Sempre ouvi falar que o museu da Estação da Luz era um dos lugares mais fantásticos do mundo para se visitar.
Ontem, finalmente fui ao Museu da Língua Portuguesa. Após almoçar com um amigo, fomos até lá. E não é tudo isso. Na verdade, foi bastante decepcionante. Ele é bem pequeno e as atrações interativas não são tão interessantes quanto se anuncia.
A verdade é que o lugar carece de um acervo de museu, ou seja, coisas velhas. Poderia ter edições raras de livros emblemáticos. Faltam pertences poetas e escritores históricos. Enfim, tentaram tanto distanciá-lo de um museu tradicional que o que existe ali não é um museu. Tudo o que há no local poderia ser facilmente viajar pelo país, como uma exposição itinerante.
No terceiro andar, era exibido o curta “A Origem da Linguagem”, que era tão pouco instrutivo que pensei ser apenas a introdução do filme. Na sequência, “uma experiência sensorial única”, com projeções no teto e “leituras famosas”, chato o suficiente para eu apagar.
A única coisa realmente interessante no museu é a linha do tempo da Língua Portuguesa. Mas, como já disse, é algo que poderia viajar pelo Brasil, ao invés de ficar parado na Estação da Luz.
Poxa vida, estragou toda a surpresa. Agora nem estou mais com vontade de ir…
Na boa, não perde nada se não for.