Minha primeira câmera
Yashica MG-3, fabricada pela Kyocera. Com foco universal, flash embutido e rebobinação manual. Capacidade para filme de até 36 posese e tampa de objetiva fixa. Visor independente. Não chamaria de alta tecnologia nem nos anos 90, quando a comprei.
Não me lembro exatamente o ano que comprei esta câmera. Usei o dinheiro que minha tia me deu (mais ou menos uns R$ 50,00, que era uma fortuna na época).
Claro que no começo tirei muita foto de amigos e parentes e com amigos e parentes. Mas, mesmo naquela época, já registrava locais interessantes por onde passava. Porém, como não tinha muito dinheiro para comprar filme e revelar as as fotos (e até para a pinha do flash), a câmera passava muitos meses no meu guarda roupas até ser “requisitada”.
Imprestei-a algumas vezes para algumas pessoas. Felizmente o maior dano que ela sofreu nas mãos de terceiros foi a perda da capa original.
Durante a faculdade, usei-a muito para captar imagens de referência para as aula de desenho, quadrinhos e ilustração. Tabém usava-a muito para coletar material e informações para trabalhos teóricos e registrar o desenvolvimento de projétos práticos. Ela só não serviu para as aulas de fotografia.
Este é o tipo de equipamento que muita gente já teria descartado. Aliás, a maioria das pessoas nem a chamaria de “equipamento”. Mas eu a guardo. Esta Yashica MG-3 ainda funciona (apesar do contador de fotos não girar mais). Talvés eu um dia compre um rolo de filme e a usarei de novo.
Um ‘causo’ interessante sobre esta câmera aconteceu quando a levei num show do Marky Ramone and The Intruders, em Americana. Uma amigo meu, o Mirtão (guitarrista da banda Fisst), também tinha uma MG-3. Poré a dele tinha uma pequena diferença da minha: a luz indicadora da carga do flash da câmera dele era verde e da minha laranja. Mostrei o detalhe a ele, que me respondeu: “para mim não faz diferença isso, pois eu sou daltônico”.