Ao galopar, um cavalo tira as quatro patas do chão simultaneamente?
Durante séculos essa foi uma curiosidade pertinente na humanidade. Sabe aquelas discussões de buteco que duram horas e horas e não se chega a conclusão aguma? Cada um acha uma coisa, argumenta, opina, mas ninguém pode provar nada. Pois é …
Afinal, o cavalo tira ou não todas as patas do chão ao galopar?
Para responder de vez a esta pergunta, o ex-governador da California, Leland Stanford, contratou um fotógrafo britânico, chamado Eadweard Muybridge.
Muybridge fazia experimentos com multiplas fotografias. Disparo em sequência de várias câmeras para captar movimentos numa época de negativos de vidro e enormes câmeras de madeira.
Na fazenda do ex-governador, ao norte de São Francisco, Muybridge armou seu equipamento e captou a seguinte sequência:
Quer dizer… a resposta é sim. O cava tiras os quatro cascos do chão.
Aliando esta técnica de captura de imagens sequenciais à técnica de “um aparelho de animação” chamado Zootrópio (um cilindro com desenhos sequenciais dentro. Quando o gira-se o cilindro, olhando por pequenas aberturas, os desenhos ganham movimento), Muybridge criou um disco para projetar suas imagens, chamado Zoopraxicópio. Este dispositivo é o precursor da película de celulóide. Ou seja, isso acabou dando horigem ao cinematógrafo, invensão disputada por Tomas Edson e pelos irmãos franceses Auguste e Louise Lumière.
Um dia um professor de fotografia contou essa história na faculdade, e entendi finalmente porque, na época, o software de edição de vídeo Adobe Premiere tinha um cavalo como símbolo.
Outra curiosidade sobre o fato é o local onde o experimento aconteceu. o terreno da fazenda de Stanford hoje abriga uma universidade que leva o seu nome, e fica numa região que conhecemos como Vale do Sílicio. Berço de gigantes da tecnologia como a Apple, o Google e várias outras empresas. Ou seja, o fantasma inovador de Eadweard Muybridge ainda “assombra” aquela área.