Superbowl não é Futebol
Quando liguei o computador hoje, me deparei com diversos comentários no Facebook sobre o Superbowl. Nada contra pessoas esportes exóticos, mas, além de futebol americano não ser um esporte legítimo, já é tão manjado que se alguém tivesse que gostar não seria de alguns anos pra cá.
Primeiramente, o Futebol Americano é uma versão hightec do Hugby. Tem todas as características do esporte bretão, mas com muito mais violência, obrigando os jogadores a usar armaduras. É truncado. E se você não tiver o biotipo exato, não dá nem para brincar na aula de Educação Física. Como os Estadunidense rejeitavam tudo o que vinha da Grã-Bretanha até a Segunda Guerra, reformularam o Hugby e deram a ele o nome do outro esporte Inglês: Football.
Poderiamos falar da festa que originou ou Hugby e o Football, do Futebol Australiano e suas raízes aborígenes, ou dos esporte com bola existentes na América Pré-Colombiana. Mas não é este o caso. O problema é a postura dos brasileiros em relação ao esporte da Terra do Tio Sam. É um exemplo prático da necessidade que a classe média brasileira tem de ser colonisada.
Na última década, pequenas ligas de Futebol Americano e Baseball proliferaram pelo país, mais ou menos como aconteceu com as festas de Halloween nos anos 90. Até 15 anos atrás não tinha tanta gente em cursos de inglês ou viajando pros EUA. A maioria dos brasileiros não se sentia no mesmo nível dos estadunidense.
O brasileiro precisa entender que o esporte de massas sempre funcionou como isolante cultural nos EUA. Antes de 1992, em Barcelona o país não mandava seus melhores jogadores de basquete para as Olimpíadas. Sua principal liga, a NBA, não usava as mesmas regras que o resto do mundo (hoje o mundo todo usa as regras deles). Não eram tão abertos a atletas estrangeiros.
Com o Baseball já foi o contrário. O esporte das quatro bases sempre foi usado como colonisador. Não é atoa que os EUA sempre o difundiu em países estratégicos como no Japão, Coréia e boa parte da América Latina.
Já o Futebol Americano é uma aberração esportiva. Foi criado (ou adaptado) única e exclusivamente para eles. Os estadunidense nunca fizeram muita questão de dividi-lo com o mundo. Apesar de várias referências no cinema e TV (como seriados e desenhos animados), os rincipais times nunca sentiram real necessidade de levar suas marcas além das suas frinteiras.
O brasileiro ainda não entendeu que, não nos tornamos bem-vindos por lá simplesmente. Mas que a relação de poderes no mundo está mudando drasticamente no século XXI. Os EUA não são mais o agiota do mundo, cobrando total lealdade e obediência. Não precisamos começar a engolir o que nunca nos desceu.
Outra coisa que mudou, e o brasileiro classe média faz questão de ignorar, é que os estadunidense estão se aproximando cada vez mais do nosso Futebol. Já se passaram quase vinte anos desde aquele 4 de julho no qual um estádio lotado em Palo Alto (califórnia) griavata “USA” em apoio à sua seleção eliminada nas oitavas de final da Copa do Mundo. Somente em 2010 as pessoas começaram a se reunir em frente a telões em locais públicos de Nova York para assistir os jogos dos Estados Unidos num mundial de seleções. Nosso Futebol ainda é chamado de Soccer, mas está cada vez mais presente por lá.
Voltando ao Superbowl (a final do principal campeonato de Futebol Americano). Espero que não cheegue o ano em que falaremos mais desse jogo do que da final da Champions Leage, da Libertadores ou mesmo da rodada do Paulistão.