arvore da empresaSe você perguntar por aí o que um pinheiro enfeitado tem a ver com o nascimento de uma criança Palestina há mais de 2000 anos atrás, você ouvirá inúmeras explicações sobre símbolismo da árvore e sua relação com a vida.  Mas nunca ninguém me conveceu de que existe uma relação plausível a respeito das origens da árvore de natal.

O que entendo é que, ao longo dos tempos, uma cultura acaba absorvendo outra. Este processo destroi aquela que foi anexada e descaracterisa a dominante. Em dois milênios de existência, o cristianismo se obrigou a incorporar costumes locais e tradições com pouca ou nenhuma relação com os ensinamentos ou a vida de Cristo. Não quero entrar no mérito religioso da coisa, até porque não pratico ou sigo nenhuma religião. Me refiro aos valores culturais que o Natal representa.

Visualmente, o que temos representando o real significado da data? É cada vez mais raro encontrar um presépio por aí. E quando encontramos, muitas vezes ele está cercado por uma enorme maquete de cidade com luzes que piscam e carros que se movem, fora os tradiciaonais monjolos e rodas d’água.

O que praticanos hoje é a mistura de tradições e rituais de tribos pagãs do norte da Noruega com um banquete do feriado estadunidense de Ação de Graças, uma comemoração protestante inglesa em celebração à colhheita do outono.

Adicione a isso a figura de um idoso com um trenó, puxado por antílopes, distribuindi presetes a todas as crianças do mundo. A origem mais aceita para o Papai Noel é São Nicolao. Nicolao foi um generoso bispo turco, que viveu na costa do Mediterrâneo. Ele costumava jogar bolsas com moedas pelas chamines de jovem garotas pobres, para que elas pudessem oferecer um dote e conseguissem se casar. As vestes dos bispos ortodoxos eram predominantemente brancas com detalhes dourados. A pele dos turcos era (e é até hoje) escura. Traços e cores da Lapônia (norte da Noruega) foram adotados no visual do cara que roubou as atenções do aniversariante.

O Natal é tão desligado do cristianismo atualmente que ao longo do século XX, nos EUA, a expressão “Feliz Natal” foi substituída por “Boas Festas” (Happy Hollydays). Com isso judeus e outras religiosos também poderia participar da troca de presentes e da gastança de dinheiro do final do ano.

Se Natal é tempo de reflexão, já passou da hora de pensarmos no que realmente acreditamos.