Há muito anos meu pai sempre me fala: “em São Paulo você anda pelo rumo”. Ou seja, se você consegue apontar para onde quer ir, chegará lá.

Isso parece filosofia barata, com a manjada metáfora do “caminho”, mas não é isso. Falo literalmente, não em sentido figurado. São Paulo é uma cidade de muitos caminhos. Não importa onde você vá, sempre conhecerá pelo menos duas maneiras de chegar e uma terceira para voltar.

Lembrei disso hoje porque esqueci de colocar o despertador para tocar e acordei quase duas horas mais tarde do que estou acostumado. Por conta disso peguei o Metrô na  Barra Funda (linha Vermelha) ao invés do Carandiru (linha Azul). Até estava disposto à baldiar na Sé para chegar até a Vila Mariana, como faço todos os dias. Mas decidi testar um caminho novo para o Cambuci.

Como eu disse há pelo menos duas formas de chegar a qualquer de São Paulo e um caminho diferente para voltar. Então decidi hoje inverter este “terceiro caminho de volta” e seguir de Metrô até a estação Pedro II. Atravessei a avenida do Estado e parei num ponto esperando algum ônibus para o Largo do Cambuci, mesmo sem saber se algum passaria aqui no bairro.

Confiei no sentido do tráfego e na proximidade com a Rua do Lavapés. Para não perguntar a todo motorista que parasse, perguntei a uma mulher que alí estava quais ônibus passavam no Cambuci. E em menos de cinco minutos, uma das linhas mencionadas passou. Cheguei aqui na empresa em um pouco  amis rápido que estou acostumado. Mas deve ser por causa do feriado de amanhã.

Conclusão: se comecei o post dizendo que há ao menos duas formas de chegar em algum ponto de São Paulo e uma outra forma diferente de voltar, hoje conheçopelo menos umas 10 maneiras de chegar ao Cambuci, e ainda conheço algumas mais para voltar para casa, que não seja apenas a inversão do trajeto.

E é com este relato um pouco confuso que deixo minha homenagem a esta cidade de tantos caminhos literais e metafóricos.

Parabéns São Paulo!