Sexta-feira uma mulher veio me perguntar no ônibus o quanto eu havia me atrasado na quarta-feira, quando São Paulo parou. Ficamos extamente 3 Horas “nos arrastando” pela Marginal Tietê.

Então a mulher comentou sobre o que estava acontecendo no Rio de Janeiro. Como naquela mesma quarta-feira, 12 de janeiro, e na quinta-feira tive problemas também na volta, por conta da falta de trens circulando, devido à enchente em Franco da Rocha, e não sabia a gravidade dos fato, minimizei o problema: “No Rio qualquer chuvinha já mata meia dúzia” respondi.

Tradicionalmente, a mídia realmente enfatiza a cobertura desse tipo de trajédia na capital fluminense mais que em qualquer outra cidade. A não ser em casos de total devastação, como ocorrida em Santa Catarina, em Paraty, e agora na região serrana do Rio.

Somente quando cheguei na empresa, naquela sexta-feira, descobri o tamanho da desgraça, que no momento a contagem chegara a pouco mais de 200 mortos. E esta conta continua subindo, hoje, segunda-feira, 17 de janeiro somam-se mais de 630 corpos encontrados. E tudo indica que esse número subirá ainda mais.

Não dissertarei aqui sobre Aquecimento Global, Desmatamento ou Ocupação Encostas. Também não acusarei as autoridades locais e nacionais de negligência. Também não culparei as vítimas por “não cuidarem da sua própria segurança”. Não sou geólogo, topógrafo, meteorologista ou engenheiro para dizer o que evitaria toda essa calamidade, nem o que fazer daqui pra frente.

Felizmente, nunca passei por calamidades que fossem uma fração desta, então só por não conseguir imaginar quanto seja dolorido, posso calcular que a dor seja enorme. O que podemos e devemos fazer no momento é torcer para a rotina dos sobreviventes se aproxime mais rapidamente de algo que possa ser classificado como “normal”.

E claro, quem puder fazer um pouco mais, que faça. Tem muita gente precisando não só na serra fluminense, como em muitos outros locais do Brasil.

Comentários

  1. Vanessa disse:

    Sem dúvida uma tragédia já “prevista” porém difícil de ser evitada. Ontem assisti que 4 pessoas de uma mesma família que não deixaram suas casas depois do ocorrido foram soterradas também em Teresópolis, aumentando as estatísticas, pois as chuvas não param. Que Deus abençoe essas almas, ajude quem por aqui ficou e que as autoridades possam intervir de alguma maneira para minimizar o problema.

  2. Nathália Piva disse:

    Semana q vem eu ia conhecer o museu Imperial em Petropolis. + num tem nem como chegar lah agora.
    Oq da p/ fazer eh pedir a Deus q proteja quem sobreviveu.

  3. Ganthet disse:

    A coisa ta feia. Esse No passa facil de 1000 ate o fim das buscas.

  4. JODF disse:

    É pessoal… A “sorte”, se é que é possível usar esta palavra numa hora dessas, é que se trata de uma região próspera e que conseguirá se levantar logo.
    Um amigo meu mudou-se recentemente para o Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Segundo ele não há nem vestígios da devastação ocorrida por lá.