A típica pontinha de asa da Airbus

Estava passando pelo aeroporto de Congonhas ontem e aproveitei para tirar algumas fotos de aviões na fila de decolagem. Entre eles, este Airbus da TAM.

E como sei que não é um Boeing?

A pontinha da asa dos Airbus tem esse exclusivo formato de ponta de flecha. Nos Boeings, e em modelos da maioria dos modelos de outros fabricantes de jatos, esse detalhe se parece mais com uma quilha de barco virada para cima.

Parece ser um mero elemento estético, mas isso aí é um dos motivos para “aeroportos virarem rodoviária”. O valor das passagens aéreas diminuiu tanto no século XXI não só porque as companhias do setor estão espremendo mais gente na classe econômica, mas também porque conseguiram reduzir muito seus custos operacionais. Aeronaves mais eficientes precisam de menos manutenção e economizam mais combustível.

Nesse caso eficiência se traduz em aerodinâmica. As antigas asas eram muito instáveis, gerando muito arrasto. Resultado: gastavam muito combustível e ficavam mais tempo na oficina. As quilhas, e essa ponta da flecha, eliminaram a turbulência da extremidade das asas. Não aquela turbulência que chacoalha tudo e dá cagaço na galera, mas uma que faz as “asas baterem”, fatigando-as e aumentando o arrasto. É o mesmo princípio do estabilizador vertical (aquela parte da cauda onde as empresas colocam seus logos) que impede que o avião gire feito um parafuso, criando resistência onde não deve haver movimento.

Não sou engenheiro e nem mecânico para saber se as asas dos Airbus são mais eficientes que as dos demais fabricantes. Mas o detalhe da extremidades tornam os modelos da empresa muito mais reconhecíveis.